terça-feira, 4 de outubro de 2011

Luz

O meu peito está repleto de luz
Eu espelho turvo
E Deus em mim para outro,
Não sou perfeito,
Não mereço,
Mas o meu peito está tomado de luz.
E por caminhos obscuros
Apresso a marcha,
Às trevas que Ele nunca olvida,
Sou instrumento de meu pai,
Daquele que escuta cada sussurro
Cada gemido surdo,
Nos mais longínquos confins.
O meu peito é transbordante de luz,
De uma luz cedida,
Que Ele me permita mantê-la acesa
De agora até o fim da jornada.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Fantasia da Paixão

Você chegou e sorriu

Olhou meus olhos tão profundamente

Como se me tocasse...

Estatizou-me

Me botou um feitiço

Senti teu corpo se aproximando

E um calor estranho apoderou-se

De mim...

O desejo ardente adormecido

Renasceu...

E foi crescendo

A cada centímetro a menos

Que separava nossos corpos

E a tua boca se abriu deliciosamente

Então não resisti

E me colei aos teus lábios

Sedenta de desejos... Enlouquecendo-me...

Você me seduzindo... Possuindo-me ardentemente

...então acordei,

E na minha solidão, apenas o sol se

Infiltrava pela janela, descuidadamente aberta...

Por: Mary Paes

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Desprender

É dolorido!
se é que posso dizer isso.
Deixa minhas pernas trêmulas,
na verdade,
queria fugir,
também gritar,
e não tenho voz,
nem fôlego.
Te ver passar assim,
Tão perto...
Rouba muito mais que o ar,
rouba o som.
Eu até posso sentir o coração bater,
mas não o ouço.
Se perguntassem como vivo
diria que numa existência inexistente
de passados mais-que-perfeitos.
Mas o que eu queria mesmo é me desprender
Só pra não viver em morte,
nem morrer em vida.

Alex Rodrigues

terça-feira, 23 de agosto de 2011

4º Foto-poema


Eis que sobreponho
As minhas forças
Sobre os punhos
Sobre tudo
Sobre todos
Sobreposto
Sobre o mar
Sobre amar
Sobre mim
Sobre o gosto
Do teu rosto.

Instante


... e o sol se pôs
Tão bonito,
Tão de repente...
Em minhas mãos
Repousam quietos
Os últimos segundos
Do dia.
Me escapam
Antes que eu perceba.
Não há nada
Que eu possa fazer.
As cores apagaram
E tudo era escuridão...

Não me peça pra voltar

Não me peça para voltar
Não me peça para ficar
Você nunca se importou
Com o meu amor
Com o nosso amor
Não me peça para ficar
Não me peça para voltar
Agora é tarde
A noite se foi
O sol já nasceu
E o nosso amor
Perdeu-se de mim
E o meu amor
Perdeu-se de ti
Não me peça para voltar
Não me peça para ficar
Agora é tarde
Já não sei mais te amar.

Tisso - Thiago Soeiro http://amorcafona.blogspot.com/

Prece

Meu peito padece
Enquanto anoitece
Você não aparece
E quando amanhece
Você me esquece
O frio me amortece
Você não me aquece
Atenda minha prece
Pra que a solidão cesse
Você diz que não parece
Mas quero quem me estremece
Antes que minh'alma engesse
Cansada da tristeza que permanece

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

DOSES DE SABEDORIA NO DICIONÁRIO DA VIDA

Eu tenho tanto pra dizer
E ninguém pra me ouvir dizer, o que fazer
O que fazer?

Trago no rosto um dicionário amassado que as vezes...
...ou quase, quase sempre é mal interpretado

Joguei bola, soltei papagaio, hoje jogo xadrez
com alguns como eu, ali na praça Doutor Martinez...no parque da Mooca
onde quando havia bola e mariola, a molecada também comia paçoca.
Você já se sentiu, como num sonho, querendo gritar, falar, e a voz não sai.

Eu to vendo tudo, fico aqui observando
o menino com a caixinha iluminada e um fio na orelha vem chegando
Será que ele escuta o que eu to falando?

Tá tudo esquisito, tudo torto...
Nem a mata posso mais ver aqui do horto
Queria que me vissem, nem que fosse de relance
só para dizer um pouco que o controle vai ficar fora de alcance

De repente alguém pede uma informação
o menino - já tremendo rapagão - aquele do "apareio cus fio na oreia",
diz que não sabe não
Manda perguntar pro velho, o velho sabe...
E eu respondo com carinho, desejando sorte ao transeunte

Minha voz é cansada, isso é verdade
mas enquanto ela existir, vou tentar, mesmo que achem que é vaidade
discursar para alguns deles meu dicionário sem maldade

Presta atenção no velho meu rapaz, cuide dele, respeite-o, trate-o com carinho - e consulte seu dicionário REGULARMENTE...

Eric Meoralli

Folia

Dos teus olhos quentes,
Agora brotando lágrimas,
Rebentam pedras de sal
Paridas, calefadas.

Teus versos encantados
Estrondando no leito,
Irremediável desejo
De viver poesia

Tu, flor melindrosa,
Com doçura e beleza,
Fitilhas ornamentando a cabeça,
Fazias-te carnaval

Eu, Mestre-sala,
Dos foliões desgraçados,
Amargurados por um amor ausente
Ainda tão presente em si,
Vestia-me de fantasia
Pra sambar na tua avenida.

Alex Rodrigues

domingo, 24 de julho de 2011

Prisão

Não consigo olhar.
Não muito além.
Nem muito próximo.
Nem para o destino.
Futuro, presente ou passado.
Ando por ai,
Sufocado com a escuridão de minha vendas.

Não consigo sair daqui.
Nem me erguer.
Nem me arrastar.
Existe um peso que me detem aqui
Amarrado. contra alçadas de meus sonhos.
Somento estou aqui.
Sem poder ver, sem poder fugir.

Cidade Vizinha


Decidi arrumar as malas e visitar a cidade que não gosto, não tenho apego, não tenho nem vontade de criar e por ironia do destino moram algumas pessoas importantes na minha vida.

Aqueles seriam dias não planejados, não esperados, mas que lá no fundo traziam a esperança de encaixar todas as peças que estavam encaixadas nas últimas férias e desprenderam-se até aqui. Conhecer novas e adoráveis pessoas e o lado bom da cidade vizinha que eu não gosto, mas agora já nem é mais tão ruim assim.

Resgatar laços, criar outros. Respirar. Engordar com as minhas comidas preferidas, aquelas nada saudáveis e completamente gostosas, foi bom.

Voltar e ter que entrar no mesmo ritmo é que se torna difícil, deixar pra trás o que você acaba de conquistar e já tem que deixa ir. Existem coisas na vida que foram feitas pra chegar e partir, sem delongas. Tenho entendido melhor essas despedidas, mas sinto.

E então, lá se vai um mês e chega outro, cheio de notícias boas, com as peças quase todas se encaixando e o coração desesperadamente ansioso pra encontrar as férias passadas com decisões novas e sentimentos iguais ou melhores. Intensos.

Thainá Rodrigues http://olharparticular.blogspot.com/

Avesso

Me atrevo esquecer
O que por ora me aflige
Esconder o medo
Do que não sei de cor,
Fugir das minúcias
Que lembram teus gestos
Dilacerantes,
Inesquecíveis...
Me tirar a vida
Olhar para dentro
Fundo vazio
Das tardes sem fim,
Poesia-aprendiz
Do que li, vi,
Senti...
O que eu era antes do verso?

Aline Monteiro http://blogoutroscarnavais.blogspot.com/

Cinza

Cinza é a cor dos meus dias
Sem o brilho do teu sorriso
Cinza é o que sobrou de mim
Depois de toda a chama que tu fostes e minha vida
Cinza é o que sou
O que fui
O que com certeza eu serei
A quem quiser ver
Eu sou cinza em cinzas
E isto nunca me foi ruim
Mas e você
Quer cor tem?
O que é?
O que será?
O que sobrará?

Thiago Soeiro (Tisso) http://amorcafona.blogspot.com/

Razão

Cabes em mim de memória,
Lembrança detalhada,
E o mapa do teu corpo que amo,
O que também me ama,
Única certeza,
Tenho guardado.
Nada mudou drasticamente,
Diz-me,
Minha vaga lembrança,
Fotográfica,
Nem o meu amor,
Pura latência.
Alcanço,
Sempre haverá Razão
Quem sabe antes do fim
E depois do fim
Recomeço.

Ex-Razão

Foste razão dos versos meus
Agora não passas
De passado
Passageiro
Com passagem só de ida
Passarinho que voou longe
Passatempo
Passou tudo
Só não passou
Essa minha saudade permanente

Lara Utzig http://mensagemefemera.blogspot.com/

terça-feira, 19 de julho de 2011

Metade Vazia

Entregue a você
Metade de nós era um,
E um cabia em dois,
E não mais havia solidão.

Doado a você
Implorei que existisse vida
Enquanto fluísse o amor
E a vazão me afogasse.

Hoje levastes metade de mim,
E da outra metade restante
Nada ficou como antes:

Só existe desejos teus,
Não se ouve pensamentos meus,
Só se vê espaços vazios.

Alex Rodrigues

Eu Gentil

Acorda com a melodia que queima.
Queima fundo, no poço de tua mente arredia.
Perdida, estupidamente comprometida.
Com sonhos sujos e sensações vazias.

Veja o sol que sobre o mundo arde.
Como quem, contra a perda de um amor, também arde.
Veja a luz que além do que ilumina também cega.
Como o brilho, belo e branco que vai à noite e a extermina.

Esconda-se na vulgaridade transtornante de um breu sem medida.
Rasgando tuas próprias roupas em poder da luxúria que tanto cultivas.
Sejas tu, mesmo que não sejas belo.
Uma vez que seja certo, que o tempo que te entrego, hoje eu querAo.

E por fim, recolha-se à ordália de teu pranto.
Eis que de tudo que eu quero, já não te quero tanto.
E recoste-se aí! Sobre as arestas de teus desejos.
Pois de tudo que eu fora... Jamais fora tão pouco!

L. Gentil

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Jardim Abandonado


Elas vêm sorrateiras, quando menos se espera
Secando todas as pétalas
Pobres pétalas
Murchas como meu coração
Morrendo sem teu carinho
Que me rega

Não sei fazer fotossíntese
Não sou autossuficiente
Sou descrente
Preciso do teu oxigênio
Que reaviva as folhas de minha alma
Teu afeto H2O

Esse tal sentimento que mata
É erva daninha barata
Que se agarra
Faz amadurecer o botão
É planta carnívora que deixa o vazio
É a parasita carência
É a trepadeira saudade
É a praga solidão...

Melhor de Mim



Fui aquele rapaz que se perdia nas horas.
Que dava "bom dia" ao mar, e nele se entretinha.
Caía nas ondas como as ondas caíam na praia.
Sentia o gosto do mar, da liberdade que emergia ali.
Sentia o sol banhando tudo.
Fica sempre pelo contorno da praia.
Fui aquele rapaz que ria para as moças bonitas.
Que falava do coração e com o coração.
Que se perdia à deriva dos sonhos mais belos.
Que curtia a luz oriunda do horizonte.
Fui aquele rapaz feliz.
Que festejava o som das ondas quebrando no mar.
Fui o cara da maresia eterna que suspirava ao por do sol.
Que dava beijos doces nas minhas garotas.
Que parava os tubos do oceano.
Fui o melhor que pude ser.
Mas ancorei...

Luan Gentil

O arco-íris


Existe uma lenda que no fim do arco iris existe um pote de ouro, eu não quero o ouro.
Mas cruzaria esse arco se tivesse a certeza de que no final dele estaria seu coração.
Ele é teu tesouro, eu sei...
Mas acabou sendo o meu também...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sensação







O beijo
Da libélula
Flutua em meus lábios
Deixando-me demasiadamente
Tonto...
Caído entre o silencio
Restauro-me
Do osculo vicioso
Que leva
Sem perguntar nada
Aonde quero ir.

Kairo Ribeiro http://kairopoeta.blogspot.com/

terça-feira, 12 de julho de 2011

Minha solidão







Sempre silenciosa
Sempre amiga
Sempre vestida de cinza
Sempre com as mãos frias
Sempre me ouvindo
Sempre de madrugada
Sempre que você partiu
Eu estive com
A minha solidão.

Thiago Soeiro (Tisso) http://amorcafona.blogspot.com/

Austericidade do Drama







Sou teimoso e impaciente e orgulhoso,
Você recluso, calado e enraivecido
Eu não fico cinco minutos chateado sem falar com você
Você não fica cinco minutos para me ouvir

Eu te sigo pela casa, imploro atenção e engulo o choro
Em meio a soluços digo que você e a minha vida,
Apelo para uma lembrança feliz
E te faço milhões de juras de amor

Você me diz que isso é drama,
Que não acredita nessas lágrimas,
Que já tem outro um amor

Eu recolho meu desespero
Juntos minha sentimentalidade
Procuro a razão pelo chão
Não encontro nem minha dignidade
Estou perdido dentro de você
Preso do lado de fora de um abraço.

Alex Rodrigues

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sarau Particular

Você lê para mim
Eu fecho os olhos
Imagino um mundo
Através da sua voz

O mundo paralelo surge
E nos encanta
Passeamos pelo mundo
De carona com Phileas Fogg

Rio algumas vezes
Mas não de ti
Sim, pela felicidade
De vê-lo contando histórias para mim

Em um dia demos a volta ao mundo
Dada em 80 (será?) por Phileas
Foi um prazer desfrutar com você
Deste sarau particular

A Menina dos Meus Olhos

A menina
que já se perdia
deixou se levar
pelos seus devaneios

brilhante
que ofuscava o taful
dos dias

que beirava
o rio e toda sua poesia
que amava sem igual
e com toda sua maravilha

a menina
que em meus olhos
não saía

que de minha mente
não se esquecia

tinha voado
para onde queria

amou o tempo
e seu tic-tac
o vinho e seu osculo gostoso

a menina
tinha que ser a menina dos meus olhos.

Kairo Ribeiro http://kairopoeta.blogspot.com/

sábado, 2 de julho de 2011

A Boca e a Língua

A língua...
Profere... Absorve, sente
A boca...
Cala... Sorri, exalta, humilha... Amarga...
A boca... Peca... Perdoa... Culpa
A língua exulta... Toca... Saboreia, provoca...
As duas...
Boca e língua...
Incendeiam
Um corpo nu.

Mary Paes http://mary-paes.blogspot.com/2010/12/boca-e-lingua.html

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Teu Olhar








Não me olhe assim
Porque o seu olhar
É veneno
E eu não ainda não aprendi
A resistir
Não aprendi
A te resistir

Tua boca
Tuas mãos
Teus olhos
Que me despem
Tudo é veneno
Para mim

Um veneno que me enlouquece
Que me excita
Um veneno chamado paixão
Que arde na pele
Que deixa marcas
Marcas de mordidas
Marcas de unhas

Enfim
Não me olhe
Porque ainda não sei dizer não
A este teu olhar
De paixão.

Tisso (Thiago Soeiro)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Passar-inho

Dormiria se sono tivesse,
deitaria ao teu lado se me quisesse,
tua quentura é calor que me incendeia,
minha cútis se enrububesce se com um beijo teu fluido corre em minha veia.
Quero colo, aninho...
beijar teu rosto,
comprar um novo vaso pra nossa casa, nosso ninho,
pássaros livres, cantando amores de "bem-te-vi" quando estás aqui,
vem que eu te ensino o caminho,
voar de amor...
ser passarinho.

Lolitchen http://devaneioselorax.blogspot.com/

Bilhete

Amor, eu preciso ir.
Estou partindo de ti
Por um tempo eu preciso ficar distante de todos
Mas, perto de mim.
Estou levando o que sobrou do nosso amor
Os nossos sonhos.
Levando apenas as coisas boas.
Estou partindo.
Da tua falta de compromisso,
Teu amor incerto.
Tua ausência.
Espero que fique bem,
Porque eu não estarei mais aqui para te cuidar.
Adeus.

Thiago Soeiro (Tisso) http://amorcafona.blogspot.com/

Flor da Noite

Esse perfume que guardo de ti
Não me pertence.
É tão meu quanto o brilho
Da estrela que da existência
Só resta a luz.
A mesma luz que me faltará
À hora marcada
Sem prorrogação
Que por agora
Já me é fraca,
Fosca...
Como a claridade do dia
Metamorfoseando a noite.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Chuva







Essa chuva lá fora
Fazendo barulho nas telhas
Matando a sede da terra
Cai com força no chão
Essa chuva lá fora
Parece que chora
A dor
De quem perdeu um amor
Essa chuva lá fora
Faz dos trovões seus gritos
Que se confundem a minha dor
Essa chuva lá fora
Que parece que chora
Chora por mim
E por todos
Que já perderam um amor.

Thiago Soeiro (Tisso) http://amorcafona.blogspot.com/

A Praia

Não estranhe se talvez a minha voz,
Por um agudo descontentamento,
Parecer se arrastar pela areia,
Ela somente resulta da falta de vitalidade
Que tua inflexibilidade me roubou.

Mesmo que diga para o silêncio
E não encontre aí correspondência
Do mar de sentimentalidade derramado na praia
Nesse teu maldito orgulho desmedido.

Eu amo você, sempre amei
Vou amar até o futuro se desdobrar em presente,
Mesmo que em mim a dor seja indiferente,
E você esteja aninhado e aquecido em outros braços.

Alex Rodrigues

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Náufrago

Mar de solidão, escuridão muda.
Ouço o eco do pensamento
Reverberar na angústia que me afoga.
Onde será que fica a praia.

Alex Rodrigues

Para Quando Você Chegar

Quando chegar não faça barulho
Não quero que anuncie que minha solidão acabou
Para que eu não sinta quando a saudade me abandonar.
Chegue devagar, mas com pressa me prenda em teus braços
Tire-me o compasso e o excesso de ar
Arranque minha roupa, bagunce meu quarto e me tire a paz.
E não me diga por que demorou
Eu sinceramente não quero saber
Roube-me todos os suspiros para os teus ouvidos
Não me deixe pensar no depois.
Faça-me o agora acontecer em meia hora em três horas ou à noite toda
E não me fale até quando vai ficar
Não quero saber
Eu só quero que me ame quando você chegar.

Thiago Soeiro

Entre Parênteses


Sou um poeta perdido neste tempo tão estranho
Poeta sem morada...
Andarilho desses caminhos tortuosos
Riscados a lápis, ocupando espaços em branco ...
Que nada significam para quem só entende o óbvio

Sou um poeta sem nome
Sem registros, sem marcas, sem lembranças...
Um "Autor Ignorado", entre parênteses.

Mary Paes http://mary-paes.blogspot.com/

Little Drops of Poetry

Por aqui está marcada em dedilhadas consternadas,
ansiosas,
amorosas
e em palpites de coração,
Aquilo,
Aquela... ("tu") que chamo de minha paixão.

Lolitchen http://devaneioselorax.blogspot.com/
Meu bem,
Preciso fugir.
Mas deixa que levo comigo
Nosso conto,
Nosso encontro,
A história feliz que iríamos viver,
Deixa que levo comigo
A tua figura idealizada
E o beijo que por covardia
Quase não ousastes roubar,
Deixa que levo o esmalte
Vermelho das tuas unhas
Mal pintadas
E os teus braços... que supunha...
Que faria dos teus abraços
Se eu os pudesse levar?
Então deixa que eu leve teus olhos
A distância mínima
De único dia
E todas as forma
Futuro-pretéritas de te amar.
Meu bem,
Eis o meu segredo,
Estou tentando fugir
E esta folha de papel
É minha única esperança...
Então deixa...
Que eu levo comigo
O coração acelerado
Dessa vontade de te olhar
Sempre mais uma vez.

Janete Lacerda http://janetelacerda.blogspot.com/

Procura-se Palavras

Procura-se palavras que tirem essa agonia
de não saber dizer tudo que preciso,
procura-se palavras que sejam claras o suficiente
pra que antes de todos,
eu entenda
que ainda há respingos de inspiração.

Tempo

Tempo,
Pra quem te dei, precioso tempo?
Se a mim restou o que não sei mais controlar
Este tempo que eu dei talvez não fosse o meu tempo
Quem sabe só mais um tempo que eu achei
E que eu não tinha pra quem dar.

Liliane Barbosa http://amanteli.blogspot.com/

Estou Vazio

Estou como se tudo me fosse arrancado
Já não choro, porque não existem lágrimas.
Já não sorrio, porque não existe felicidade.
Já não há solidão nem tristeza.
Já não há nada em mim
Só um vazio no lugar do coração.
Estou vazio
E todos os sentimentos que existiam em mim
Sumiram.
Estou vazio
E nem sei até quando vou permanecer assim.

Thiago Soeiro http://amorcafona.blogspot.com/

Linguagem


Quero a tua linguagem mais simples
Recitando versos baixinho
Ao pé do ouvido.
Essa linguagem clara e limpa
Que não precisa de tradução
Muito menos dicionário.
Quero tua fala improvisada
Sem rima, sem rodeio
Quero as tuas gírias, teus jargões,
teus clichês...
Quero o teu lugar comum
Pra eu me jogar,
Pra eu me deitar,
Pra eu me encontrar...
Quero tua linguagem,
Quero tua língua,
Quero tua boca
Recitando estes versos
Bem junto,
Bem baixinho...
Ao pé do meu ouvido...

Aline Monteiro http://www.blogoutroscarnavais.blogspot.com/

Confesso


Sou ré confessa:
- Te amo para sempre!
Agora que já sabes, de repente...
Que tal a gente engatar uma 1ª?

Lara Utzig http://mensagemefemera.blogspot.com/

Teu Corpo

Teu corpo é simples
É corpo de homem
Com músculos
E um belo abdômen.
Adoto teu corpo
Sem excesso de pelo,
Onde passo minha língua
Te deixando louco.
Ah! teu corpo,
Adoro teu corpo
E o jeito com que ele dança com o meu
Eu adoro até o supor do teu corpo
Só porque ele é teu.
Poeta de Quinta Anônimo